sábado, 28 de junho de 2008

The Lonely Man

"Em um estudo da Bristol Medial School, liderado pelo doutor Harry Witchel, a música "The Drugs Don't Work", hit do grupo The Verve lançado em 1997, ficou no topo da lista das mais tristes para se ouvir.



O resultado foi obtido a partir de exames com diversos voluntários que, a partir da monitoração de seus batimentos cardíacos, demonstravam quais músicas os deixavam tristes, alegres ou agitados."


Sinceramente? Na minha opnião essa não é a música mais triste para se ouvir e sim a música "The Lonely Man", de Joe Harnell. Ela fazia parte da trilha sonora do seriado Hulk(é pra quem não sabe o Hulk já teve um seriado, muito tempo atrás). Ela tocava sempre no final dos episódios, mostrando o Dr. Bruce Banner, interpretado pelo ator Bill Bixby, andando sozinho numa estrada, pedindo carona.

Pra quem não conhece a música fiz um vídeo com ela. Enjoy! =D


sábado, 14 de junho de 2008

Put a keep are you!






Isso foi o que eu disse quando vi essa revista hoje na Point HQ da Tijuca!

Eu sempre acompanhei as tiras do Leão Negro na época que ele saia no jornal O Globo. E hoje me deparo com uma revista dele que compila algumas das histórias que saíram nos jornais anos atrás.

Pra quem não conhece[a grande maioria com certeza] vou colocar aqui algumas informações sobre a história de Othan, o Leão Negro.



Leão Negro


Leão Negro, ou Othan (seu nome verdadeiro), é um personagem de histórias em quadrinhos, criado por Ofeliano de Almeida e Cynthia Carvalho, que teve suas histórias publicadas no Brasil e em Portugal, entre os anos de 1986 a 1989.

Othan é o seu nome e ele é um bárbaro mercenário, de temperamento forte, que vive em um mundo um pouco diferente do nosso, em uma época medieval mítica, e nesse mundo a raça dominante não evoluiu dos macacos e sim dos gatos e felinos em geral. Todos os "humanos" são felinos humanóides.

Suas histórias foram publicadas em tirinhas do jornal O Globo de 1987 a 1989 e republicadas atualmente com muito sacrifício de seus criadores.

Ainda hoje o personagem faz sucesso com reedições de suas aventuras clássicas, e a promessa de novas histórias que alimentam seus fãs há mais de 20 anos.


Personagens


Othan

Nascido na família da Pata, uma estirpe de leões nobres, Othan testemunhou a queda de seus pais. Para sobreviver, tornou-se um guerreiro mercenário, profissão que combinou perfeitamente com seu gênio violento e canalha. Nunca se casou, mas fez muitos bastardos. Assumiu apenas um deles como seu herdeiro: Kasdhan, o filhote da leoa militar Tchí, sua maior paixão.




Isauh e Hera

Irmão de Othan. Um leão negro albino, que não gosta de aventuras e raramente sai de Gardo. Embora não se entenda com o irmão, ajudou a criar Kasdhan. Isauh comprou Hera para ser sua esposa. Deu-lhe duas filhas, Helga e Helena.





Kasdhan

O herdeiro de Othan. Criado para ser um guerreiro como o pai, Kasdhan tornou-se o chefe da família da Pata ao desposar as filhas de seu tio Isauh. Diferente de Othan, Kasdhan tem uma família.





Pepah

Filha bastarda de Othan com Pantah, uma pantera negra, Pepah tem valores muitos particulares que costumam abalar os que a cercam. Tem muito orgulho de seu lado leonino. É apaixonada pelo meio-irmão Kasdhan.




Helga e Helena

As gêmeas Helga e Helena são primas e esposas de Kasdhan. De gênios distintos, Helga é combativa, e Helena, dócil. Ambas terão muitos fihotes, que criarão com os bastardos do marido, possibilitando o renascimento da estirpe dos leões negros de Gardo.






O Mundo dos Leões Negros




Diversas culturas de felinóides, canídeos e hienas povoam um imenso planeta sem nome. As culturas mais avançadas se encontram num estágio medieval, e as diferentes espécies raramente se misturam, vivendo em três continentes isolados. Não há magia ou poderes especiais. E há de sobra ditadores, espertalhões e loucos. Para sobreviver neste mundo, só com muita garra, o que os leões negros têm de sobra.



Pra quem quiser saber mais sobre as histórias ou como adquirir as revista do Leão Negro entre em contato pelo site oficial ou pela comunidade.





Fontes:

Wikipédia
Leão Negro - Site Oficial

quarta-feira, 11 de junho de 2008

"Sarah, you wanna be my bloody valentine?"




DIA DOS NAMORADOS MACABRO


Quando a Censura mutila mais do que o assassino do filme... Comemorar qualquer data festiva nos Estados Unidos é um hábito arriscado: você pode ser impiedosamente esquartejado por um assassino psicopata mascarado, que considera aquele o "seu dia", elegendo a data para atacar e fazer suas vítimas. Se for no Dia das Bruxas, é o Michael Myers, da série HALLOWEEN. Se for numa sexta-feira 13, quem ataca é o Jason Voorhees, da interminável franquia do mesmo nome. Mas há outros psicopatas menos ilustres para as diversas datas: 1º de abril (em A NOITE DAS BRINCADEIRAS MORTAIS), Natal (a franquia NATAL SANGRENTO), réveillon (em RÉVEILLON MALDITO), Páscoa (em PRAIA DO PESADELO, de Umberto Lenzi), e até o Dia das Mães, além de outras datas menos célebres. Sobrou até para o Dia dos Namorados. Se você quiser festejar a data com sua namorada, tenha muito cuidado, pois é neste dia que o maligno Harry Warden sai às ruas, com sua picareta suja de sangue, vestido com roupa de minerador, louco para mutilar e arrancar o coração de vítimas inocentes. É essa a essência de DIA DOS NAMORADOS MACABRO (My Bloody Valentine), feito em 1981, no Canadá. Como pode-se perceber pelo resumo da trama, nada de novo. Entretanto, o filme é divertidíssimo!


Quem nunca viu e for assistir hoje, com certeza vai achar uma porcaria, alegando que o filme é repleto dos mais batidos clichês do subgênero "slasher". Claro que sim! Mas o que é preciso salientar é que o filme foi feito lá atrás, entre os primeiros slasher movies produzidos, na linha do sucesso de HALLOWEEN e SEXTA-FEIRA 13. Isso há mais de 20 anos! Claro que a maioria das situações hoje é conhecida e virou clichê. Por exemplo, lá pelas tantas, algum personagem secundário começa a contar a "assustadora" história da cidade para os jovens, relatando a lenda de Harry Warden, e entram cenas em flashback com uma musiquinha assustadora (um clichê máximo do gênero). E o que dizer do assassino mascarado cuja identidade é desconhecida? E do casal atravessado por uma lança enquanto faz amor? E dos jovens que não ouvem os conselhos dos adultos e se ferram? E do cara que só faz brincadeiras e acaba levando a pior? E das mortes criativas? E do final, escancarado para uma continuação??? Pois é, escolha o seu clichê. DIA DOS NAMORADOS MACABRO também tenta uma variação na arma utilizada por seu assassino. Em cada filme, os psicopatas costumam ter seu brinquedinho preferido, como faca de cozinha, facão, serra elétrica, furadeira (na série SLUMBER PARTY MASSACRE) e até arma de pregos! Aqui, Harry Warden usa uma pontiaguda picareta, que serve para furar e eviscerar as vítimas.

O filme começa com dois mineiros explorando os escuros túneis de uma mina, cobertos da cabeça aos pés. Então, um deles começa a tirar a roupa... é uma mulher! Pinta aquele clima, a garota fica só de sutiã (tem uma tatuagem de coração num dos seios), tenta tirar a máscara do companheiro, mas ele se recusa. E quando ela baixa a guarda, o outro minerador a atravessa com a picareta pelas costas, fazendo a ponta sair bem no meio da tatuagem, na frente! Um superclose na boca da vítima gritando e entra o título MY BLOODY VALENTINE.

Nos Estados Unidos, o Valentine´s Day é comemorado no Dia de São Valentim, que é 14 de fevereiro (e não em 12 de junho como acontece no Brasil; aqui, o Dia dos Namorados foi "importado" nos anos 40 e encaixado em junho, porque era um mês fraco de vendas para o comércio). No filme, dia 14 cai num sábado, justamente para fazer citação a uma "sexta-feira 13" (o filme original da série foi lançado em 1980, com grande sucesso). Na verdade, a contagem de dias não faz a menor diferença.





Logo ficamos sabendo que a pequena cidadezinha canadense de Valentine Bluff (cujo slogan é "Uma pequena cidade de grande coração") tem como grande evento um famoso baile de Dia dos Namorados, realizado há mais de 100 anos. Entretanto, nas últimas duas décadas, a festa não aconteceu. Por quê? Ah, ninguém conta. Quem vai explicar é o personagem que relata a história em flashback, mais adiante. Mas o prefeito pretende retomar o baile, depois de 20 anos sem realizá-lo. Então todo mundo está eufórico, decorando ruas, casas e o salão onde acontecerá o evento. A cidade é tão pequena que, curiosamente, 90% dos personagens do filme trabalham em uma velha mina!


Estes são todos jovens, como TJ (Paul Kelman), filho do prefeito, que tentou buscar a sorte na cidade grande e se ferrou, voltou para o lugarejo e descobriu que sua namorada, Sarah (Lori Hallier), agora namora seu amigo, Axel (Neil Affleck). E há outros casaizinhos secundários, que só servem para o "body count".

O horror começa quando o prefeito recebe uma caixa de bombons em forma de coração. Ao abrir, louco de vontade de saborear os doces, descobre que o conteúdo é um pouco indigesto: um coração humano ensangüentado (ora, se a caixa é em formato de coração, pelo menos não podem acusar o assassino de propaganda enganosa!). Junto com a caixa, um cartão com versinhos ameaçadores. Mais adiante, uma velha senhora que cuida da decoração da cidade para o Dia dos Namorados também é morta (e encontrada dentro da secadora de roupas, em outro clichê máximo do gênero), fazendo com que o prefeito e o delegado cancelem a festa.



Os jovens ficam revoltados e então o tal sujeito que existe só para contar a história em flashback aparece explicando a lenda de Harry Warden. Segundo o tal cara, 20 anos antes (não perca as contas, é 1961!), toda a cidade se divertia no baile de Dia dos Namorados enquanto um pequeno grupo de trabalhadores continuava na mina. Os dois supervisores da mina saíram para o baile e deixaram o grupo lá embaixo, sem controlar os níveis de gás metano. Resultado: o lugar explodiu, soterrando o grupo. A maioria teve morte instantânea, mas Harry Warden sobreviveu. Foi encontrado semanas depois do acidente, devorando o cadáver de um dos companheiros (uma cena sempre cortada na exibição do filme na TV).

Para o grupo de rapazes e moças, tudo é bobagem. Eles resolvem, então, fazer sua festa em segredo, no refeitório da velha mina. E para lá vão. Mas o maléfico Harry Warden estará os aguardando, com sua picareta suja de sangue, matando os jovens um a um. O roteiro perde algum tempo precioso enfocando o triângulo amoroso formado por TJ, Alex e Sarah - o pior é que a mocinha não se decide por um deles, fazendo com que a dupla passe o filme todo brigando, como o Pato Donald e o Gastão disputam a Margarida, nos quadrinhos Disney.

DIA DOS NAMORADOS MACABRO é um bom filme, descontando os exageros e bobagens típicas dos slasher movies. Há uma cena climática quando uma garota é perseguida pelo assassino e bombardeada com roupas de mineradores, que caem penduradas do teto sobre a sua frente, barrando o caminho. No final, um grupo de jovens desce até os corredores escuros da mina, onde Warden está esperando com sua picareta. Minha cena preferida é aquela em que o grupo precisa subir uma escada enorme e, quando estão quase no fim, uma vítima do assassino é atirada lá de cima, amarrada pelo pescoço, dando um banho de sangue nas moças que estão na escada!

A caracterização do assassino - vestido como mineiro da cabeça aos pés, e com um tubo de oxigênio que o deixa com uma respiração tipo Darth Vader - é criativa. Uma boa sacada é aproveitar o capacete do mineiro, com uma luz em cima, para apavorar o espectador - e as vítimas do filme. Por exemplo, às vezes alguém vira uma esquina e de repente vem aquela luz na cara, deixando a vítima totalmente desorientada e sem ação. Agora, uma dúvida: se o psicopata deixa aquela luz ligada o tempo inteiro, como sempre consegue se esconder na escuridão? Outra dúvida: sendo que a real identidade do assassino é um dos jovens do grupo, como ele consegue trocar de roupa tão depressa para numa hora estar misturado ao seus amigos e na outra estar trajado como mineiro psicopata? Um verdadeiro "The Flash" assassino!

Pois é, acabei entregando o “segredo” do final: Harry Warden não é o assassino (se fosse, qual a finalidade do cara continuar mascarado se todo mundo conhecia sua cara?). A revelação do "verdadeiro" assassino acontece só no final, e é um tanto estranha, pois o fulano agiu normalmente o filme inteiro, e, assim que é desmascarado, começa a se comportar como um débil mental, cantando músicas infantis e gritando feito louco! Também é de se questionar porque o tal cara esperou tanto tempo para concretizar sua vingança (sim, é uma história de vingança), e o porquê de assassinar pessoas que não tinham nada a ver com seu trauma de infância (sim, também tinha que ter um trauma de infância!).




Mas o mais curioso é o final aberto, onde o assassino sobrevive, amaldiçoando a cidade e prometendo voltar para matar mais. Não por acaso, 20 anos depois, em 2001, o diretor George Mihalka apresentou para a Paramount seu projeto para uma seqüência de DIA DOS NAMORADOS MACABRO. Infelizmente, o estúdio alegou que o original era um filme "pouco conhecido" e sua bilheteria irrisória nos anos 80 não justificaria uma seqüência. Pena, porque esta é uma seqüência que eu realmente queria ver. Já imaginaram Harry Warden atacando no século 21, numa época de Internet, realidade virtual, drogas e rebeldia juvenil?

Por falar em Mihalka, este é seu filme mais famoso. Ele fez vários outros, mas nunca com a mesma projeção, perdendo-se depois em produções para a TV. O elenco não teve melhor sorte, mas alguns se deram bem. Por exemplo, Neil Affleck, que interpreta Alex, abandonou o cinema, mas foi diretor de vários episódios das primeiras temporadas do desenho OS SIMPSONS! Outro que se deu bem foi Alf Humphreys, que interpreta Howard (o rapaz enforcado na escada). Depois desse, fez mais 60 filmes, interpretando desde um policial em RAMBO (1982) até o papel de William Drake no recente X-MEN 2. Também apareceu em PREMONIÇÃO 2.

DIA DOS NAMORADOS MACABRO não chega aos pés de outros slasher movies feitos no período. SEXTA-FEIRA 13 e CHAMAS DA MORTE (The Burning), da mesma época, são bem superiores. Entretanto, esta produção canadense fica anos-luz à frente de qualquer bobagem feita recentemente no subgênero "slasher".

Infelizmente, DIA DOS NAMORADOS MACABRO só circula numa versão altamente censurada, que foi lançada em vídeo no Brasil nos anos 80 e em DVD nos EUA recentemente (e também é a mesma exibida na TV brasileira). A Paramount simplesmente se recusa a reeditar o filme com os nove minutos que foram cortados lá em 1981, e que continham sangue e violência em excesso (os cortes foram feitos para que a produção não acabasse com uma classificação X, igual à dos pornôs, pelo excesso de sangreira; na mesma época, SEXTA-FEIRA 13 PARTE 2 também sofreu severos cortes e nunca circulou em edição sem censura).





É uma verdadeira lástima saber que na Ásia, por exemplo, DIA DOS NAMORADOS MACABRO está disponível em versão "uncut", e por aqui não. Algumas cenas ficam completamente sem sentido, tipo o final, onde o assassino corta fora um dos seus braços para conseguir escapar (isso fica apenas sugerido, já que o braço decepado é mostrado beeeeeem de relance!). Outras mortes foram tão reduzidas que ficaram mais sem graça que teatrinho de colégio (veja mais abaixo). Nesse filme, a tesourinha da censura fez muito mais estrago que a picareta de Harry Warden... Será que algum dia veremos DIA DOS NAMORADOS MACABRO em versão integral?

Como curiosidade, existe uma banda de rock chamada MY BLOODY VALENTINE, em homenagem ao filme. Outra curiosidade é que, recentemente, aproveitando a onda "slasher teen" deflagrada por PÂNICO, tentaram fazer uma nova versão do filme (não diria refilmagem porque o roteiro de um não tem nada a ver com o outro). Trata-se de VALENTINE, batizado aqui como O DIA DO TERROR, onde um assassino com máscara de querubim ataca casais no Dia dos Namorados. Com direção do péssimo Jamie Blanks (de LENDA URBANA), o filme é um fiasco completo, um dos piores filmes de horror dos últimos anos. A crítica da bomba está no final deste artigo. Divirta-se!


E cuidado ao comemorar o próximo Dia dos Namorados... Harry Warden pode estar espreitando para acabar com sua festa. Se receber uma caixa de bombons em forma de coração, na dúvida, NÃO ABRA!




DIA DOS NAMORADOS MACABRO
(My Bloody Valentine, Canadá, 1981. 91 minutos)

Direção: George Mihalka
Roteiro: John Beaird
Produção: John Dunning; André Link; Bob Presner
Fotografia: Rodney Gibbons
Música: Paul Zaza
Edição: Rit Wallis; Gérald Vansier
Efeitos Especiais: Thomas R. Burman; Ken Diaz; Tom Hoerber
Elenco: Paul Kelman (Jessie 'T.J.' Hanniger); Lori Hallier (Sarah); Neil Affleck (Axel Palmer); Keith Knight (Hollis); Alf Humphreys (Howard Landers); Cynthia Dale (Patty); Helene Udy (Sylvia); Rob Stein (John); Tom Kovacs (Mike Stavinski); Terry Waterland (Harriet); Carl Marotte (Dave)


[ Trailer ]





 
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