Nicholas Rodney Drake (Rangum, 19 de junho de 1948 — 25 de novembro de 1974), foi um cantor e músico britânico, nascido na antiga Birmânia.
A origem deve-se ao fato de os seus pais estarem lá em trabalho; quando tinha cinco anos, a família de Nick mudou-se de volta para Inglaterra. Os Drakes viviam numa pequena vila chamada Tanworth-In-Arden, próxima de Birmingham, numa grande casa de tijolos vermelhos a que chamavam "Far Leys". Ainda em criança, Nick aprendeu a tocar piano, graças à mãe, Molly Drake, pianista, violoncelista, cantora e compositora. Filho de uma família rica, estudou nos melhores colégios de Inglaterra, entre os quais Marlborough, onde aprendeu a tocar clarinete, sax alto e violão.
Adolescência
Carreira
Em fevereiro de 1968 foi descoberto por Ashley Hutchings, baixista da banda folk inglesa Fairport Convention e teve o seu nome recomendado a Joe Boyd, famoso por produções folk. Entre elas Pink Floyd.
Primeiro disco
Five Leaves Left, lançado em setembro de 1969. Disco com bastante influência da música clássica, seja nos arranjos de cordas e de sopros ou na postura de Nick. É extremamente bonito e delicado. Apesar das boas críticas, o disco não vendeu bem e Drake decidiu então abandonar os estudos para se dedicar integralmente à carreira musical e ao seu segundo disco.
Segundo disco
Bryter Layter, lançado em novembro de 1970. Um disco com forte influência de jazz, um pouco mais alegre que o anterior, mas um pouco mais turvo e sombrio nas letras. Por essa época, o que era apenas uma forte timidez e um senso de solidão um tanto exagerado transformava-se em depressão. Apesar dos esforços da sua gravadora, a Island Records, "Bryter Layter" também não vendeu bem. O problema era que Nick não gostava de fazer shows. Sentia-se muito incomodado em se apresentar sozinho para uma plateia que não conhecia. Não conseguia ser simpático e por vezes saía do palco sem dizer uma unica palavra. Numa época em que não havia videoclipes e a imprensa especializada era arcaica, a única maneira de ser conhecido era através de espectáculos. Nick acabou decepcionado com o mundo. Acreditava poder mudar as pessoas com a sua música mas a falta de sucesso dos seus discos, fez com que mergulhasse em profunda depressão. Nesta altura alguns amigos uniram-se para o ajudar.
Terceiro disco
Pink Moon, foi lançado em Fevereiro de 1972. Chris Blackwell, dono da Island, emprestou a Nick a sua casa no litoral espanhol. Algumas semanas depois voltou sentindo-se melhor. Apesar da Island não esperar (ou querer) um terceiro álbum, Nick procurou John Wood (engenheiro de som que trabalhou nos discos anteriores) e disse que queria gravar.
Gravado em apenas duas noites, Pink Moon é visivelmente depressivo, tendo apenas Nick e a sua guitarra, com letras tristes e pessimistas. Drake já havia expressado descontentamento com a sonoridade do álbum Bryter Layter, acreditando que os arranjos de cordas, saxofone e outros instrumentos de sopro havia criado um som "muito cheio, muito elaborado". Ao completar o álbum, Drake deixou as gravações na mesa da recepcionista da Island Records e deixou o prédio sem falar com ninguém. As fitas lá ficaram ignoradas até a semana seguinte. Pink Moon vendeu ainda menos cópias do que seu predecessores, apesar de receber algumas críticas favoráveis.
- Nick Drake
A polêmica morte
Nick Drake está enterrado em um cemitério de Tanworth-in-Arden.
Reconhecimento da obra
Em 1993, a revista TIME colocou Five Leaves Left entre os 100 melhores albúns de todos os tempos.
Seus 3 discos estão na lista criada pela revista Rolling Stones dos 500 maiores albúns da história.
Bryter Later foi o primeiro da lista de discos alternativos criada pelo The Guardian.
Robert Smith, vocalista da banda The Cure, disse que a origem do nome da banda provém da música Time has told me( a troubled cure for a troubled mind).No início da carreira, o cantor quase gravou um disco com forte influência de Nick Drake.
Na década de 80, "Life on the Town" da banda The Dream Academy, que fez grande sucesso, é uma homenagem a Nick Drake e aos anos 60.
No Brasil, Renato Russo,após gravar seu primeiro disco solo declarou: -Eu descobri Nick Drake há pouco tempo, uns dois anos. É super difícil achar os discos. Ele é um anjo. Ele tem uma sensibilidade extrema. Dá vontade de falar "Dá Prozac pro menino", mas sem a coisa modorrenta. Essa música tem uma ligação com o rock progressivo, que eu também tenho. Parece aquelas baladinhas do Genesis. Gravei também um pouco por vaidade, para não assustar: o povo pega um disco que tem Billy Joe, Don Henley. 'Clothes of Sand' foi difícil, acho que levei uns três dias para acertar.
Suas músicas já foram utilizadas como parte da trila sonora de vários filmes, entre eles: Os excêntricos Tenembauns, A Casa do Lago, De Volta Para Casa e Escrito nas Estrelas.
"Fruit Tree" em 1979, que reúne seus 3 discos. Anos depois, fuçando os arquivos da Island, descobriu sobras de estúdio que estavam completamente esquecidas. Em 1986, o álbum "Time Of No Reply". Em 1992 saiu a coletânea "Way To Blue" e, mais recentemente. Em 2004, saiu "Made To Love Magic", que contém versões demo de canções anteriormente gravadas. O grande boom em torno de sua obra só ocorreu mesmo quando a Volkswagen usou a canção "Pink Moon" em um comercial. Há também um livro que conta toda a sua vida, escrito pelo jornalista Patrick Humphries, e um documentário entitulado "A Skin Too Few", narrado pelo ator americano "Brad Pitt", grande admirador do cantor, e que conta com depoimentos de amigos e de Gabrielle Drake, irmã de Nick.
Discografia
- Five Leaves Left (1969)
- Bryter Layter (1970)
- Pink Moon (1972)
- Fruit Tree (1979)
- Time Of No Reply (1986)
- Way To Blue (1992)
- Made To Love Magic (2004)
Vídeos
Não são oficiais, pq ele não chegou a gravar nehum, esses foram feitos por fãs e são os dois melhores que pude encontrar.
Day Is Done
River Man
Fonte: Wikipédia
Um comentário:
Me sinto cada vez mais indo pelo mesmo caminho...
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